KS - Tools to understand people
Esta Knowledge Sharing tem uma história particularmente interessante. As Knowledge Sharings fazem parte de um conjunto de programas internos que apostam no desenvolvimento dos nossos gamers. Nas KS (como são internamente apelidadas), o objetivo é dar a possibilidade a um colaborador de partilhar conhecimento relacionado com uma temática que lhe seja importante e que ele acredite que irá acrescentar algum valor para a organização, não tendo necessariamente de estar ligado ao seu âmbito profissional. As KS ocorrem todas as quartas-feiras, entre as 17h00 e as 18h00.
A Ana Cavaleiro, elemento da equipa de Internal Certification, viu um artigo sobre a importância dos conflitos nas organizações e decidiu partilhar essa informação com a equipa de Marketing & People Management, com o intuito de fazermos uma sessão sobre esta temática. Do nosso lado, adorámos a ideia, mas também gostamos de estimular o envolvimento e o ownership por parte dos nossos gamers no que se refere às ideias que partem deles. Por isso mesmo, acabámos por combinar partilhar esta tarefa gratificante com ela.
Decidimos então que, ao invés de apenas glorificarmos os conflitos como uma mais valia para as empresas, tentaríamos também descortinar porque é que esses mesmos conflitos existem.
Primeiro, começámos por refletir na forma como entendemos a realidade através dos nossos sentidos, mas também como essa perceção diverge da própria realidade devido às crenças e valores que todos temos. Aliás, este foi um objetivo de toda a apresentação: a realidade é a mesma, mas a forma como a entendemos varia de perfil para perfil e, por isso mesmo, desentendimentos e conflitos podem surgir, mesmo que duas pessoas estejam a ver o mesmo objeto. Retomando a questão do significado e do significante em termos semióticos, Roland Barthes, o pioneiro da ciência da linguagem, referia que a figura de uma bola, por exemplo, podia não ser uma bola.
A Ana Cavaleiro, elemento da equipa de Internal Certification, viu um artigo sobre a importância dos conflitos nas organizações e decidiu partilhar essa informação com a equipa de Marketing & People Management, com o intuito de fazermos uma sessão sobre esta temática. Do nosso lado, adorámos a ideia, mas também gostamos de estimular o envolvimento e o ownership por parte dos nossos gamers no que se refere às ideias que partem deles. Por isso mesmo, acabámos por combinar partilhar esta tarefa gratificante com ela.
Decidimos então que, ao invés de apenas glorificarmos os conflitos como uma mais valia para as empresas, tentaríamos também descortinar porque é que esses mesmos conflitos existem.
Primeiro, começámos por refletir na forma como entendemos a realidade através dos nossos sentidos, mas também como essa perceção diverge da própria realidade devido às crenças e valores que todos temos. Aliás, este foi um objetivo de toda a apresentação: a realidade é a mesma, mas a forma como a entendemos varia de perfil para perfil e, por isso mesmo, desentendimentos e conflitos podem surgir, mesmo que duas pessoas estejam a ver o mesmo objeto. Retomando a questão do significado e do significante em termos semióticos, Roland Barthes, o pioneiro da ciência da linguagem, referia que a figura de uma bola, por exemplo, podia não ser uma bola.
O significado expresso de uma figura pode ser lido e segmentado de várias maneiras, conforme as diferenças culturais de cada um de nós, sendo que Barthes explicava que "vários corpos de significados podem coexistir num mesmo indivíduo, determinando, em cada um, leituras mais ou menos “profundas" (Elementos da Semiologia, 1999, p. 47).
De seguida, decidimos aprofundar o que são os conflitos. No fundo, são emoções e sensações geridas pela amígdala cerebral que se encarrega também de reger as nossas funções vitais e de sobrevivência. Aqui, geram-se estímulos e energias que, se não forem bem compreendidas, podem fazer-nos perder o controlo, estar em contacto com emoções negativas e raptar toda e qualquer capacidade de utilizar a lógica.
De seguida, decidimos aprofundar o que são os conflitos. No fundo, são emoções e sensações geridas pela amígdala cerebral que se encarrega também de reger as nossas funções vitais e de sobrevivência. Aqui, geram-se estímulos e energias que, se não forem bem compreendidas, podem fazer-nos perder o controlo, estar em contacto com emoções negativas e raptar toda e qualquer capacidade de utilizar a lógica.
Recorremos a conhecimentos de PNL & Coaching para explicar de que forma é que estas emoções impactavam o nosso comportamento. Para isso, explicámos o conceito de Metaprogramas, e que tipos existem, fazendo um exercício muito básico sobre a forma como todos percepcionamos a realidade de forma diferente.
Claro que não poderíamos deixar de incluir aqui o conceito de Inteligência Emocional, que acabou por ficar esbatido devido ao seu surgimento abrupto no mundo corporativo. A inteligência emocional não é a salvação para todos os males, mas pode ajudar-nos a defender a nossa imagem em vários momentos. Assim, e apesar de existirem duas correntes relacionadas com esta temática, decidimos seguir a de Daniel Goleman.
Claro que não poderíamos deixar de incluir aqui o conceito de Inteligência Emocional, que acabou por ficar esbatido devido ao seu surgimento abrupto no mundo corporativo. A inteligência emocional não é a salvação para todos os males, mas pode ajudar-nos a defender a nossa imagem em vários momentos. Assim, e apesar de existirem duas correntes relacionadas com esta temática, decidimos seguir a de Daniel Goleman.
A grande importância do entendimento da Inteligência Emocional enquanto ferramenta é haver um foco no futuro, crucial para qualquer gestor. Como não podemos mudar o que está para trás, não adianta focarmo-nos no passado. Assim, não interessa tanto a gravidade do evento, mas antes a forma como lidamos com ele e como reagimos daí para a frente.
Decidimos ainda oferecer uma ferramenta que pode ajudar nesta questão da Inteligência Emocional, mais concretamente, a encontrar o nosso Drive. A roda da vida, uma das ferramentas que utilizamos no programa de mentoring da FMQ, permite ao mentee perceber quais os pontos da sua vida com maior importância e quais os que sente mais necessidade de desenvolver.
Quase a terminar, explicámos os conceitos de Backtracking & Rapport. O Backtracking refere-se à habilidade de reafirmar pontos-chave da conversa usando exatamente as mesmas palavras da pessoa com quem estamos a interagir. O rapport tem também que ver com a sincronia com a outra pessoa: nesta técnica espelha-se o comportamento do outro, ajustando as linguagens verbal e corporal, mas fazendo tudo com discrição e elegância. O rapport permite que qualquer pessoa crie uma ponte com o outro, estabelecendo contato e maior nível de compreensão.
Quase a terminar, explicámos os conceitos de Backtracking & Rapport. O Backtracking refere-se à habilidade de reafirmar pontos-chave da conversa usando exatamente as mesmas palavras da pessoa com quem estamos a interagir. O rapport tem também que ver com a sincronia com a outra pessoa: nesta técnica espelha-se o comportamento do outro, ajustando as linguagens verbal e corporal, mas fazendo tudo com discrição e elegância. O rapport permite que qualquer pessoa crie uma ponte com o outro, estabelecendo contato e maior nível de compreensão.
Por último, foi feita uma reflexão junto dos participantes dos pontos negativos e positivos dos conflitos no local de trabalho. Tentámos dar menos ênfase aos negativos, por considerarmos que já são bastante conhecidos, tentando ver a positividade neste tipo de situações em conjunto com cada um dos participantes. A conclusão sobre a importância dos conflitos assentou nos seguintes pontos:
- Servem para recolher mais informação
- Promovem a visão global de novas possibilidades/soluções
- Promovem a mudança
- Ajudam as equipas a valorizar a diversidade
- São a alma dar organizações vibrantes e progressistas
- Despertam a criatividade, estimulam a inovação e o crescimento pessoal
- Motivam a participação das pessoas
- Reforçam relações pessoais transparentes no contexto profissional
No final, ficou um sentimento de trabalho meio concluído, já que estas sessões têm a duração de uma hora e decorrem em horário laboral. E por isso, tivemos pouco tempo para desbravar alguns destes pontos complexos, com mais profundidade. Contudo, o nosso objetivo passava sobretudo por mostrar algumas ferramentas que podem ajudar a compreender o outro e, por isso, criar pontes ao invés de ruturas que muito custam à performance das organizações.