GAME MATH na FMQ
Estivemos à conversa com o nosso Chief Intelligence Officer, João Maia, responsável pelas equipas de Business Solutions e Game Math. Centrámo-nos em Game Math, equipa da qual é membro integrante.
“Temos na equipa perfis diferentes, principalmente a nível técnico” diz-nos João Maia, team-leader de Game Math. “E, naturalmente, tento escolher a melhor pessoa para cada projeto, o que faz com que as pessoas se vão tornando especialistas apenas no que têm em mãos. Mas no final não é isso que se pretende. Queremos que todos saibam fazer jogos de spins, todos saibam fazer jogos de bingo, todos saibam fazer de tudo. Defendo que exista alguma rotação dentro dos projetos. Por isso, o meu desafio é conseguir ter o melhor output possível, sem ter sempre a mesma pessoa alocada a um tipo de tarefa.”
Sobre a criação da matemática de um jogo, há duas partes essenciais. “Primeiro, perceber o que os nossos clientes querem e interpretar o que eles dizem. Às vezes, é um desafio, mas o facto de já trabalharmos juntos há muito tempo facilita. Tentamos também perceber o que se anda a fazer ao nível da concorrência - tabelas de premiação diferentes dão sensações diferentes - e se o mercado anda a responder bem. Depois do jogo estar feito e instalado na rua vem a outra parte: ver, através dos dados que nos chegam pelas ferramentas de report, se o jogo se está a sair bem financeiramente.”
O portal de reports é um portal interno, desenvolvido pela equipa de Business Solutions, que permite ver o final da cadeia de produção. Faculta uma série de informação sobre a performance financeira dos jogos que inclui, entre outros dados, a média máquina/dia e as jogadas feitas por cada jogo em cada sala. Este acompanhamento contínuo dos jogos é algo essencial na tomada de decisões estratégicas!
“Mas nem sempre foi assim” afirma João. “Dantes, o nosso trabalho terminava no momento em que entregávamos o jogo. Agora, temos este acompanhamento ao cliente em que percebemos se o jogo foi bem instalado, para que sala é que foi, qual o perfil dessa sala, se já havia concorrência lá... Tudo para conseguirmos criar um produto melhor."
"O lema da empresa é mais do que jogos, criamos emoções. E na equipa de Game Math queremos tornar uma coisa simples, que é “quando carregas num botão saem 30 bolas e ganhas um determinado valor consoante os teus cartões” em algo mais apelativo. Para a matemática, o jogo resume-se a isto! E isto, por si só, não vende. Ou seja, podemos trabalhar a sensação de ganho com algoritmos, mas no fim vai ser sempre preciso o embrulho todo, com os gráficos e os sons, para a experiência do jogador ser emocionante.
Para além disto, temos de garantir que os diferentes modos de premiação são interessantes tanto para o jogador, como para o nosso cliente, do ponto de vista financeiro. Não pode ser “só prémios” nem só “não dar nada”. Isso é um desafio. Outro, talvez até maior, é criar as ferramentas que nos permitem chegar a esse resultado. Tal como o nome do departamento indica, para isto são precisas muitas contas. E não é que as contas sejam difíceis, não são. Mas são muitas! E então, parte do nosso desafio é criar essas ferramentas que nos permitem rapidamente fazer os cálculos para chegar à melhor solução. Lá está, nós temos que simular uma quantidade enorme de jogadas com matemáticas do tipo A, B, C, D para ver se cumprem os requisitos do nosso cliente e depois, juntamente com a equipa de produto, ver se o jogo continua a ser interessante para o jogador. É uma conversa constante com a equipa de produto!"
É este o desafio diário da equipa que tem a seu cargo um dos temas que mais questões suscita nas pessoas: o pagamento. “Acho que era importante as pessoas terem noção que, na maior parte dos jogos que nós fazemos, o casino fica com apenas 4%, talvez 5% do valor jogado. Há jogos como o baccarat ou o blackjack em que podemos estar a falar de valores como 1%. Por imposição legal a máquina não pode ficar com mais de 20%, mas a concorrência acaba por fazer diminuir esta percentagem.”
O ano de 2018 foi marcado por um projecto que uniu ambas as equipas, BS e GM - o portal MixMath. Este portal permite agora saber mais sobre as jogadas que são feitas, o modo de jogo escolhido, a dimensão da aposta, ou com quantos cartões se jogou. “Estamos agora a receber o fruto deste trabalho. Portanto, para 2019 o nosso objectivo passa por trabalhar estes dados, melhorar as nossas matemáticas e fazer com que os nossos jogos sejam melhores do que os dos outros. Simples, mas é isto!”
A equipa de Game Math é atualmente constituída por 4 elementos. No entanto, há perspetivas de crescimento porque os mercados estão em expansão e a biblioteca de jogos é cada vez maior. Aliás, em breve terá um novo membro vindo da mobilidade interna! “O colaborador ideal para a nossa equipa é aquela pessoa atenta, desejosa de aprender e fazer melhor, que colabora com os colegas, percebe a cultura da empresa e tenta melhorá-la. É uma pessoa curiosa, que faz perguntas, questiona porque é que as coisas são assim e não podem ser de outra maneira.“