O bónus gratificante de ajudar o próximo!
Em agosto há férias, praia, descanso, silly season e uma data que todos devemos reter: o Dia Mundial da Ajuda Humanitária! Celebrada mundialmente a 19 de agosto, a ajuda humanitária leva-nos até ao tema deste artigo: o apoio ao próximo através do voluntariado.
A Ana Mota é Product Manager na Fabamaq há mais de três anos e pelas suas mãos já passaram e passam diariamente vários produtos, mas em outubro de 2020 a nossa Gamer descobriu um novo jogo onde podia fazer a diferença com a equipa do CASA – Centro de Apoio ao Sem Abrigo.
Fomos então conversar com a Ana para perceber como o voluntariado no CASA e a exigência profissional podem ser conciliados e quais são as vantagens que este tipo de experiências podem trazer para o crescimento pessoal e profissional. O resultado está abaixo:
Como é que o voluntariado surgiu na tua vida?
O voluntariado é algo que eu já queria experimentar há muito tempo. Na faculdade ainda cheguei a ir a sessões de esclarecimento para participar em alguns projetos e acabei por nunca avançar.
Em outubro de 2020 decidi mesmo levar adiante esta ideia porque mantinha a vontade e o contexto de pandemia também me deixou mais tempo livre em casa. Entendi então que o voluntariado no projeto do CASA seria uma boa forma de investir o meu tempo livre. Comecei a ir, gostei e agora que estou lá há alguns meses já, posso dizer que foi uma decisão que teve efeitos muito positivos em mim.
Qual é o teu papel na instituição?
Eu, normalmente, vou uma vez por semana porque as equipas já estão organizadas por dias. Por vezes também acabo por ir no fim de semana ajudar quando é necessário completar a equipa. O CASA tem as vertentes de restaurante solidário e equipas de rua.
O meu voluntariado é feito com as equipas de rua. Eu chego lá por volta das 18h30, ajudo a preparar refeições numa cozinha industrial para 150 pessoas e depois temos de embalar tudo e preparar os kits para distribuição na rua. Entre as 18h30 e as 20h30 há um trabalho de preparação das refeições e depois a partir das 21h00 saímos na carrinha da instituição e vamos fazer a distribuição por diferentes pontos da cidade do Porto. No fundo já temos uma rota definida e um número estimado de pessoas que vamos ajudar diretamente, sendo que muitos deles já são apoiados pelo CASA há algum tempo.
De que forma é que esta experiência te tem ajudado pessoalmente?
Eu aprendi sobretudo com as histórias de algumas pessoas. Acho que esta experiência me ajudou a comparar realidades diferentes e a relativizar alguns desafios ou problemas que vou enfrentando. E depois acho que há uma sensação de contributo muito grande. Nós ajudamo-nos mais a nós muitas vezes do que às pessoas apoiadas e que só têm aquilo, pois saímos de lá com uma sensação de contributo para o próximo e de dever cumprido muito grandes. É uma experiência muito gratificante para mim.
Além da tua transformação pessoal, achas que esta experiência acabou também por trazer algo para a tua vida profissional?
Sim, sem dúvida. Depois de ter começado esta experiência em outubro eu sinto-me também uma profissional diferente. Agora sinto que tenho muito mais calma a abordar os desafios do dia-a-dia. Eu era muito mais ansiosa e preocupada com pequenas coisas do trabalho antes de começar esta experiência no CASA. Sinto que agora tenho uma abordagem mais calma e também uma capacidade maior para relativizar ou enquadrar as situações e reconhecer a sua verdadeira importância.
Há alguma mensagem particular que queiras deixar neste Dia Mundial da Ajuda Humanitária?
Eu acho que o voluntariado é algo que todos devíamos experimentar, nem que seja só uma vez na vida. Por exemplo, eu passo perto de vários bairros em deslocações durante o dia. Mas quando vamos lá ao serviço da instituição, durante a noite, deparamo-nos com uma realidade totalmente diferente. É um choque de realidade que nós não imaginamos que existe tão perto de nós. De repente olhamos e temos 50 pessoas a pedirem-nos ajuda para comer e num estado muito debilitado mesmo. Acho que fazia bem a toda a gente ter a perceção desta diferença de realidades que existe aqui ao lado.
De realçar também que a ação da Ana Mota no CASA já impulsionou a realização de uma campanha de recolha de bens (vestuário e acessórios) interna na Fabamaq para entrega posterior aos utentes da instituição.
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