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O que faz um programador entre criativos?


O João Malheiro chegou à Fabamaq com 22 anos e a ambição de fazer um estágio de verão que lhe permitisse ter o primeiro contacto com o mercado de trabalho na área da tecnologia. Passados dois meses e duas semanas, o João sai para frequentar o quarto ano do Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação com um projeto desenvolvido de raiz e bem concluído. Para o futuro, fica o desejo de voltar a esta casa para novos desafios. Curiosos para saber mais sobre a experiência de um programador no meio de criativos? Vamos a isto!

O que te levou a escolher a Fabamaq para realizares o teu estágio de verão?

A escolha foi natural porque tenho colegas que realizaram o meu curso na FEUP – Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e estão agora a trabalhar na Fabamaq. Eles falaram-me bem da empresa, do trabalho que faziam aqui e decidi tentar a minha sorte e experimentar. 

Como resumes os teus dois meses e meio na Fabamaq?

Eu nunca tinha trabalhado ou feito estágio e esta primeira experiência fez-me sentir realizado. O facto de ter feito um projeto próprio e de raiz foi interessante porque tive oportunidade de construir algo do zero e não estive a trabalhar sobre código que outras pessoas fizeram.

Gostei das pessoas e da forma como me receberam, em especial do João Paulo, que foi o meu orientador e falou comigo sobre a expectativa e ansiedade deste primeiro contacto com o mercado de trabalho numa palestra que foi dar à FEUP. Depois de um período de adaptação inicial, entrei no ritmo, conheci as pessoas, ambientei-me e consegui entregar o que era suposto.

Qual foi o desafio que te lançaram?

A Fabamaq, para além de desenvolver jogos, faz componentes para máquinas de casinos. As máquinas têm um controlador que coordena os leds e o meu desafio, basicamente, foi desenvolver uma espécie de Photoshop para esses leds que permite alterar frames, mudar cores ou criar efeitos automaticamente para os diferentes momentos dos jogos. 

Os developers ou os designers podem assumir controlo sobre essa ferramenta e antes de entregarem um jogo podem, a partir das cores do título, do seu tema ou das suas animações, criar variações nos leds que acompanhem momentos específicos (jackpot, bónus, etc). Tudo isto tendo sempre como objetivo criar impacto positivo sobre o jogador e a sua experiência de jogo.

Depois desta experiência gostarias de voltar à FMQ? O que aprendeste?

Sim, é uma boa empresa. As instalações são muito boas e as pessoas são muito simpáticas. No futuro, gostava de regressar e ter oportunidade de integrar um projeto com uma equipa já estabelecida e ver como funciona, já que a minha experiência foi diferente e interessante também a esse nível. Eu possuo sobretudo competências de programação, mas vim trabalhar diretamente com a equipa do core criativo da Fabamaq. Nos trabalhos que fui fazendo na FEUP não tinha qualquer intervenção na parte estética e esta experiência permitiu-me desenvolver algumas noções de como tornar as interfaces mais apelativas. Consegui aprender muito com os meus colegas da parte criativa.

Para além disso aprendi muito backend, com a aprendizagem de Python que era uma linguagem nova para mim. Do ponto de vista pessoal aprendi também a fazer uma melhor gestão do meu tempo e antecipei o “contraste” entre a rotina de estudante e o quotidiano do mundo do trabalho. 

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